Data da postagem: 03/10/2024
No mês de junho o projeto organizou uma série de atividades voltadas à exploração da identidade cultural e ao comportamento territorial dos jovens da comunidade. Os participantes se reuniram para debater questões fundamentais sobre quem somos e como nossas identidades culturais moldam nossas vidas e interações sociais. Durante as discussões, foram abordadas as diversas identidades visuais e os códigos de vestimenta presentes no território. Os educandos refletiram sobre elementos culturais, como arquitetura, estilos de cabelo, roupas e músicas, e como esses fatores influenciam a percepção social. Um dos exemplos discutidos foi a imagem de uma pessoa vestida de terno, que foi associada a “alguém de igreja”, levantando questionamentos sobre como a sociedade interpreta vestimentas e comportamentos em diferentes contextos.
As entrevistas realizadas com membros da comunidade foram uma parte crucial da atividade, revelando a pluralidade cultural local. Os participantes compartilharam opiniões diversas, desde visões conservadoras que associavam comportamentos a estilos musicais e vestimentas, até reflexões sobre como amizades podem influenciar comportamentos, independentemente de suas raízes familiares. O integrante da cultura hip-hop, que compartilhou suas vivências na arte de rua, e Seu Benedito, que expressou preocupações sobre as influências sociais nas crianças e jovens, enriqueceram ainda mais os debates, propondo alternativas criativas para os problemas enfrentados pela comunidade. A tarde foi marcada por momentos de interação com crianças e jovens da Vila Angélica, que estavam soltando pipa. Esses jovens contribuíram com reflexões sobre seus acessos e estilos de vida, e a receptividade dos moradores foi comovente, evidenciando o impacto positivo do projeto na comunidade.
O mapeamento realizado em dois bairros, Tóquio e Vila Brasil, possibilitou que os educandos vivenciassem a realidade local. No Tóquio, foi observado o contraste entre a expansão civil e empresarial e a presença de moradores em situação de rua, revelando as dificuldades enfrentadas por esses indivíduos. Na Vila Brasil, os jovens tentaram entrevistar outros moradores, ampliando o escopo das interações e coletas de dados.
As atividades culminaram na criação de um questionário crítico sobre arte e território, que servirá como base para uma exposição futura. Os educandos expressaram o desejo de alcançar mais pessoas de outros territórios, mostrar a rica cultura local e a realidade da comunidade, além de provocar reflexões sobre a omissão do poder público em reconhecer a cultura periférica.
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